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Teresa Margherita del Cuore di Maria

Maria Luísa Resende Marques nasceu no Brasil, em 24 de dezembro de 1915, em Borda da Mata, no estado de Minas Gerais. Sentiu a vocação religiosa, mas o pai, a princípio, se opôs. Conseguiu convencê-lo e entrou como postulante no Carmelo de Mogi das Cruzes, em 28 de maio de 1937. Quando entrou no noviciado, tomou o hábito e escolheu como nome religioso Teresa Margarida do Coração de Maria. Emitiu os votos religiosos em 2 de fevereiro de 1942.

Madre Teresa Margarida foi eleita vice-mestra das noviças e, aos trinta anos, foi escolhida subpriora do convento. Desenvolveu também o ofício de organista e porteira.

Em 1962, foi enviada a fundar e dirigir um novo convento, o Carmelo de São José, em Três Pontas (MG). Juntamente com sete coirmãs, em 16 de julho de 1962 – festa de Nossa Senhora do Carmo e 400 anos depois da fundação do primeiro Carmelo de São José, em Ávila –, as monjas chegaram a Três Pontas para dar início à nova fundação. No princípio, a comunidade residiu em uma pequena casa e, sucessivamente – em 22 de janeiro de 1969 – se transferiu ao mosteiro definitivo. Em diversas ocasiões foi priora, subpriora, mestra das noviças. Zelava pela formação bíblica, espiritual e litúrgica das Irmãs de sua comunidade.

Morreu em 14 de novembro de 2005.

O inquérito diocesano sobre “vida, virtudes e fama de santidade” foi encerrado em 12 de maio de 2013. Em 28 de março de 2014, foi concedido o decreto de validade.

Il decreto sulle virtù eroiche è stato promulgato il 20 maggio 2023.

Benigno di S. Teresa di Gesù Bambino

Padre Benigno de Santa Teresa do Menino Jesus (Angelo Calvi), recebeu da família e do oratório paroquial uma educação forte e favorável à fé, fundada em um grande amor à Eucaristia. Aos 17 anos, após ponderado discernimento, sentiu-se chamado ao sacerdócio no Carmelo teresiano.

Uma novena a Santa Teresa do Menino Jesus lhe concedeu a graça de vencer dificuldades insuperáveis para retomar os estudos. Tornou-se um convicto imitador da santa, cujo caminho de abandono confiante a Deus, que é Pai, tornou-se a marca da sua vida.

Passou os últimos meses de sua existência em Concesa di Trezzo sull’Adda (MI) como vice-mestre de noviços. Ali lhe foi pedido para ajudar o pároco na paróquia vizinha, onde refulgiu sua caridade sempre sorridente e sem limites pelos enfermos, os pobres, os jovens e as famílias.

Morreu com apenas 28 anos, de uma espécie de tumor intestinal, oferecendo sua vida pela Província religiosa (oito conventos e dez mosteiros) que, por uma fraude bancária, corria o sério perigo de ser supressa. Um mês depois de sua morte, tudo se resolveu de maneira positiva.

O decreto sobre as virtudes heroicas foi promulgado em 20 de dezembro de 2003.

 

superiore generale ringrazia papa


Gioacchino di Regina Pacis

Nasceu em Sassello (província de Savona – Itália), em 12 de fevereiro de 1890, filho de Giacomo Ramognino e Caterina Badano. Foi batizado com o nome de Pietro Giacomo. O pai preferiu chama-lo Leão e assim o registrou na prefeitura, em honra do Papa Leão XIII.

Após os estudos elementares, o pai o colocou imediatamente em uma oficina para aprender o ofício de carpinteiro. Aos 17 anos, já trabalhava como gerente em um negócio. Aos 25, participou da Primeira Guerra mundial, entre os membros da V Companhia. Fez nascer entre os soldados a devoção ao Menino Jesus de Praga, já conhecida pelos habitantes da Liguria. Em 1918, o cabo Nino, com seus bravos soldados, negligenciando o perigo da cheia do rio Piave, pôs mãos à obra para abrir uma passagem às tropas do XXII Batalhão do Exército que, na noite de 26 de outubro, passaram pela ponte fortificada por ele, a única que permaneceu transitável após a cheia. Jesus Menino passara à frente deles, levado por “Nino” e pelo grupo dos “Valentes”. Em seguida, ele recebeu a honraria de cavaleiro de Vittorio Veneto.

Em memória do dom da paz, Leão Ramognino mandou construir, colaborando com o incansável Monsenhor Pirotto (depois bispo de Troia, em Foggia), o santuário no Monte Beigua, em honra de Maria Rainha da Paz. Veterano, de 1919 em diante se dedicou de corpo e alma à animação da paróquia. Pode-se dizer que fundou o Grupo Juvenil Católico São Luís. Viveu intensamente a vida associativa das confrarias de que fazia parte e da Sociedade Católica Operária de Socorro Mútuo de Santo Afonso Maria de Liguori. Cooperou com o nascimento dos Exploradores Católicos em Sassello.

O ano santo de 1950 será para Nino o tempo de uma grande mudança, o ano no qual entrou no Carmelo, no convento do Deserto, aos 61 anos de idade. Foi ajudado, em particular, por Padre Anastasio Ballestrero, à época provincial, que logo estreitou uma profunda amizade com ele, fundada na estima de sua alma pura de “menino de Deus”. Em 1967, após dez anos como terciário regular, por interesse direto do Prepósito Geral Pe. Anastasio Ballestrero, Frei Joaquim (nome religioso que escolheu) foi admitido à profissão solene, diretamente na Primeira Ordem, sem o ano canônico de noviciado.

Feito religioso carmelita descalço, foi o custódio do santuário da Rainha da Paz, naquele ínterim confiado ao cuidado dos carmelitas descalços. Definia-se afavelmente “um pobre capacho”. As pessoas de Sassello (Acqui Terme) o chamavam e ainda o recordam como “Nino, o santo”. Sua característica era a esperança. Comunicava uma certeza luminosa. Expressava o amor a Deus de um modo especial por meio da oração. Mergulhava em Deus, desligava-se de tudo e voltava ao encontro de todos com mais amor. Poder-se-ia dizer que ele era um contínuo “muito obrigado” a Deus e aos irmãos. Frei Joaquim tinha um sorriso que não temos mais e não conseguimos mais ter. Nele se via transparecer o Céu e a beleza e ternura da Virgem-Mãe Maria.

Morreu no Deserto de Varazze, em 25 de agosto de 1985.

A investigação diocesana sobre “vida, virtudes e fama de santidade” foi encerrada em 6 de janeiro de 2015. Em 13 de maio de 2016 foi concedido o decreto de validade.


Cunegonda Siwiec

Nasceu em Siwcowka (diocese de Cracóvia) em 1876, nona de dez filhos da família Siwiec. É chamada por todos pelo diminutivo Kundusia.

Respira a serenidade da paisagem e da família. O pai, mesmo em idade avançada, ia ao pasto assobiando e cantando; e à noite, sentado à porta de casa, encantava-se ao admirar os matizes do pôr do sol. Kundusia aprende a ler e a assinar o nome participando, nos meses de inverno, de uma espécie de “escola noturna”, na qual seus professores são os habitantes mais instruídos do vilarejo. Em compensação, cresce determinada, com vontade forte e profundamente religiosa. Tem um noivo a quem ama muito e com o qual já faz projetos de casamento.

A reviravolta em sua vida acontece em 1896, ao participar da missão popular pregada por um padre redentorista: Kundusia, com 20 anos e um casamento em vista, descobre improvisamente sua vocação a “viver no mundo, mas apenas para Cristo”. Reorganiza, assim, sua vida em torno desse ideal, dando a precedência absoluta às coisas espirituais. Começa por inscrever-se no Apostolado da Oração, frequenta um curso de catequese para preparar ao matrimônio as moças das regiões montanhosas e as crianças para a primeira Comunhão. Por fim, adere à Ordem Terceira carmelitana. No vilarejo, observam a sua metamorfose: de uma jovem “como todas” a – gradativamente – sempre mais “de Jesus”. Não sabem, mas conseguem intuir que, por trás de tudo isso, há uma grande intimidade com o Céu, derivada e sustentada por longas horas de oração “coração a coração” com Jesus.

Em 1929, oferece o terreno que lhe tocaria em herança para construir um “centro educativo”: uma escola regular – em suma, aquela que ela jamais pôde frequentar, regida por Irmãs autorizadas que, além disso, cuidem da educação de crianças e adultos. Anexa ao centro, é construída também uma capela. E somente a partir daquele ano Kundusia tem a alegria e a oportunidade da missa diária.

A Eucaristia dá asas à sua espiritualidade e faz crescer sua intimidade com Jesus. Não se sabe com exatidão a partir de quando, mas, particularmente após a Comunhão, começou a ouvir “locuções interiores”. Kundusia o revela ao confessor apenas em 1942, com um pouco de embaraço, admitindo que isso acontecia há muito tempo. Isto a leva a amadurecer paulatinamente a decisão de oferecer sua vida em reparação pelos pecados do mundo e faz crescer nela uma oblatividade completa, em união ao sacrifício de Jesus na cruz.

Começam a afluir à casa de Kundusia pessoas simples e cultas, sacerdotes e religiosas, para um conselho, uma ajuda espiritual, um estímulo ao bem: todos recebem dessa mulher iletrada aquilo de que precisam. Entrando em sua casa, encontram-na empenhada com os irmãos na leitura de obras místicas, que comenta com uma profundidade e competência que deixam pasmos os especialistas em teologia. Sua união completa com Jesus chega ao ponto mais alto com a aceitação alegre do sofrimento: em 1948, é atingida por um tumor ósseo com metástase difusa, com sofrimentos indizíveis escondidos por trás de sua costumeira atitude sorridente e brincalhona. Tudo é oferecido em reparação pelos pecados do mundo, tudo é vivido em união ao sacrifício da cruz.

Morre serenamente, entre dores lancinantes, em 27 de junho de 1955.

A investigação diocesana sobre “vida, virtudes e fama de santidade” foi aberta em 21 de dezembro de 2007 e encerrada em 28 de outubro de 2011 na arquidiocese de Cracóvia. O decreto de validade foi concedido em 1º de março de 2013.


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