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Raffaele Carlo Rossi (cardinale)

Raffaele Carlo Rossi (cardinale)

Nasceu em Pisa, em 28 de outubro de 1876.

Seus pais se separaram muito cedo, deixando nele uma profunda nostalgia, que se refletiu em toda a sua vida. Manteve, porém, os contatos com ambos e conseguiu fazê-los reconciliar-se às vésperas de sua morte. Fez os estudos superiores em Pisa, onde conheceu o estudioso católico Giuseppe Toniolo.

Apesar dos obstáculos colocados pelo pai, entrou nos carmelitas descalços em 1898 e emitiu os votos com a profissão religiosa em dezembro de 1899. Foi ordenado sacerdote em 1901.

Foi nomeado consultor do então “Santo Ofício” na qualidade de coadjutor e sucessor do bispo carmelita Monsenhor Steiart. Depois disso, foi nomeado visitador de algumas dioceses e seminários. Em 25 de maio de 1920 é consagrado bispo. Foi o Papa Bento XV que o escolheu pessoalmente para bispo de Volterra. Fez de tudo para esquivar-se à nomeação, recorrendo ao próprio pontífice, alegando como dificuldade a sua condição de religioso despreparado para uma missão tão grande. De nada valeram as suas razões diante da vontade resoluta do Papa. Na cidade toscana, a atividade de Rossi dirigiu-se primariamente ao cuidado do seminário e dos neossacerdotes, convicto como estava da necessidade de sacerdotes preparados para o novo século.

Transferido a Roma na qualidade de assessor da Concistorial – assim se chamava a moderna Congregação dos Bispos – e nomeado arcebispo titular de Tessalônica, foram-lhe conferidos outras delicadas missões: consultor dos seminários de estudos, da Secretaria de Estado, da Congregação dos Religiosos e dos Ritos. Pio XI, após a positiva conclusão da concordata entre a Santa Sé e a Itália, quis premiá-lo, conferindo-lhe a púrpura cardinalícia em 1930.

Depois de alguns meses foi nomeado secretário da Concistorial. Apesar dos encargos da Cúria, Rossi procurou conservar o máximo possível a vida ascética própria dos carmelitas descalços. Os encargos dos Papas Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII foram diversificados e numerosos, em particular a Congregação para as Causas dos Santos. Nesses anos dedicou-se também ao cuidado com os imigrantes. Tal interesse nasceu, em particular, quando foi nomeado assessor da Concistorial e encarregado de acompanhar a Congregação dos scalabrinianos, fundada por São João Batista Scalabrini. Esta nascera no seio da Igreja para a formação de missionários que estivessem ao lado dos imigrantes nas diversas partes do mundo. A recém-nascida Congregação Scalabriniana estava passando por uma certa crise e ele buscou empenhar-se para reanimá-la.

Sua intervenção foi tão eficaz que Rossi foi considerado quase um segundo fundador da Congregação. Tal atividade sociocaritativa aconteceu durante o período da guerra, quando, através dos organismos pontifícios da POA e da ONARMO, teve que ocupar-se da assistência aos refugiados. Essa intensa atividade caritativa pareceu reconciliar, aos olhos dos demais, o ascético homem da Cúria com o ensinamento de seu mestre, o sociólogo Giuseppe Toniolo.

No mês de agosto de 1948, por causa do agravamento de algumas enfermidades, dirigiu-se a Crespano del Grappa, junto aos religiosos scalabrinianos, esperando uma recuperação geral favorecida pelo clima e o contato com a natureza.

Morreu na noite de 16 para 17 de setembro de 1948, aos 71 anos.

Atualmente o processo de beatificação e canonização pela “vida, virtudes e fama de santidade” está em fase de estudo na Congregação para as Causas dos Santos.


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